quarta-feira, 23 de março de 2011

Queiroz ilibado

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) deu provimento ao recurso apresentado por Carlos Queiroz e anulou a suspensão de seis meses que foi aplicada ao ex-seleccionador nacional pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), considerando que Queiroz não perturbou o controlo anti-doping realizado durante o estágio da selecção para o Mundial 2010, na Covilhã. A perturbação do controlo foi o argumento na base da ADoP.
«O painel considerou o comportamento do senhor Queiroz inaceitável, mas não considera que esse comportamento tenha perturbado o processo de recolha de amostras ou o trabalho dos agentes antidoping [...] não há provas de que o comportamento do senhor Queiroz tivesse a intenção de perturbar o controlo», informou o TAS.
Carlos Queiroz reagiu em declarações à Antena 1, «Não podia ser outra a decisão, desde o princípio disse que tinha a consciência tranquila [...] A acusação era infame, só envergonhava o poder institucional por ser abusiva, por ser resultado de abuso de poder de quem usa pastas públicas para os seus interesses», disse o ex-seleccionador, numa primeira referência ao secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, dizendo ainda que «houve declarações falsificadas e combinadas, datas alteradas».
«Como eu sempre disse, o mais estranho foi o facto ficar claro para as pessoas que eu era a única pessoa que não era ouvida no processo. Fiz isto por uma questão de honra, pelos meus pais, pelos meus filhos e pelos meus amigos. Dentro de dois dias vou falar mais sobre isto, mas queria agradecer aos que sempre acreditaram em mim, valeu a pena», acrescentou.
Carlos Queiroz falou ainda sobre Gilberto Madail. «Queria perguntar a Dr. Gilberto Madail, qual na sua opinião devia ser o meu próximo passo por todos os danos e vergonhas que passei, depois de me ter ido buscar ao Manchester United. Ele próprio, há dias, lamentou não poder fazer nada contra pessoas que têm muito poder e muita força em Portugal», disse.
Recorde-se que Carlos Queiroz foi suspenso a 30 de Agosto por seis meses e a 9 de Setembro foi despedido pela Federação Portuguesa de Futebol.

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